sexta-feira, setembro 07, 2012

assuntos cabeludos


Lembram-se deste post?
Pois bem, ontem deu-me uma gana. Mas não foi gana de ir cortar o cabelo, porque continuo a querer deixá-lo crescer, foi mais uma gana de "dê-me só aí um jeitinho na franja e pode escadear um bocadinho de nada para o corte ficar mais leve e definido sem mexer no comprimento".
Bom, como é que eu hei-de dizer isto sem ferir susceptibilidades... digamos que foi desastroso.
E eu fiquei a pensar se foi azar ou se sou eu que sou mesmo parva. É que senão, vejamos:
Depois de ter cortado o cabelo em Maio - e em que tive uma das maiores crises capilares que me lembro - jurei a mim mesma que nunca mais voltava àquele salão, quanto mais deixar que aquela senhora me voltasse a meter as mãozinhas na cabeça. Engoli cada palavrinha, porque ontem quando me deu a gana do "vou só ali aparar a franja e, como tal, vou dar o benefício da dúvida e voltar ao mesmo sítio", quem é que me calhou na rifa, quem foi? Pois, ela! Aquela cabeleireira dos infernos! Como era hora de almoço e as restantes cabeleireiras do salão estavam todas ocupadas, lá acedi a que fosse ela - que estava a terminar um brushing - que me atendesse em seguida, porque pensei, "bom, não vou cortar o cabelo, por isso, vou-lhe dar o benefício da dúvida."
Errado! Nota mental para próximos momentos de fraqueza: Nunca mais dar o benefício da dúvida a quem já me deixou ficar mal anteriormente!
Lá me prepararam e, antes de a senhora agarrar na tesoura, fiz questão de dizer que NÃO queria cortar no comprimento do cabelo, que estava a deixá-lo crescer, que não o cortava desde Maio e que em vez da franja recta que já me acompanha há algum tempo, que agora ando a deixá-la crescer para o lado. Pedi-lhe apenas que desse um "jeitinho" na mesma, inclinando-a e que picotasse um bocadinho o escadeado já existente para o cabelo ficar mais leve e o corte mais definido. E dito isto fiquei tranquila porque pensei que não ia haver surpresas. Enganei-me.
A senhora começou a cortar cabelo, a cortar, a cortar, eu a ver pedaços de cabelo a cair no chão, em cima de mim, cada mais e cada vez maiores, até que comecei a encher, a encher e rebentei.
Mandei-a parar e mostrei todo o meu desagrado. Então uma pessoa diz-lhe para não cortar cabelo e ela vai e faz exactamente o contrário? E ainda fica ofendida e diz: "mas eu não cortei no comprimento", quando por todo o lado jaziam pedaços de cabelo com mais de 2 cms e continuava, "se quer deixar crescer o cabelo só o deve cortar, no máximo, duas vezes por ano", quando a última vez que o fiz, foi ela que também mo desgraçou.
Saí de lá com uma neura maior do que eu. O rapaz da recepção que me lavou a cabeça, ainda tentou amenizar a coisa e, super prestável, teve a delicadeza de tentar resolver a situação e perguntar se eu queria que outra cabeleireira tentasse dar um jeitinho, mas eu já estava com cara de poucos amigos e sem vontade de continuar ali.
E eis que voltei a ter o cabelo acima dos ombros... porque me cortaram os poucos centímetros que o mesmo cresceu nestes últimos meses. E a franja? De fugir...
Ontem fui ao cabeleireiro e hoje ando com ele apanhado. Sinto que gastei 30 euros para me deixarem pior do que estava, além de ter apanhado uma valente neura.
Mais valia ter ido às compras, com esse dinheiro fartáva-me de trazer roupa para casa e ainda ficava feliz.

1 comentário:

Maria disse...

Antes de mais e mais uma vez, muito obrigada pela confiança e pela partilha.
Este é um dos meus maiores medos. Entendo perfeitamente a revolta, pois o cabelo não é coisa que cresça de um dia para o outro. E tu tinhas avisado! Inadmissível uma profissional não respeitar o que lhe é pedido e cortar a seu bel-prazer!
Um beijinho